domingo, 14 de julho de 2013

Um parecer

 A postura do astrólogo

A
s mesmas energias que existem no Universo Astrofísico e que se conformam e se comportam como Estrelas ou Planetas, existem, paralelamente, no nosso universo bio-psico-mental-espiritual.
Isso é ainda o que não compreende a grande maioria dos clientes que hoje recorrem aos nossos serviços.
Devido à ênfase excessiva dada ao Signo Solar pelos jornais, revistas, almanaques, etc., sem preocupação com maiores esclarecimentos, no intuito único de abranger o maior número possível de leitores (categorizados, simplistamente, em doze tipos) – nosso cliente, na maioria das vezes, chega totalmente ignorante e despreparado para abordagem do intrincado complexo que é o seu mapa natal – expressão gráfica, aliás, da sua riqueza interior.
Isso nos mostra que a Astrologia não escapou à sanha de oferta para consumo inconsciente de qualquer produto ou informação.
Superficialmente, alguns já ouviram falar em Ascendente, naqueles bate-papos de “astrologia de salão” – mas não têm a menor idéia do significado deste termo ou da verdadeira importância de seu conceito.
A maioria vê-nos como seres vagamente misteriosos, donos de um saber incompreensível, capazes de adivinhar o futuro por meio de uns rabiscos cabalísticos colocados num emaranhado indecifrável. E, como ovelhas que se entregam ingenuamente ao abatedor, eles se colocam em nossas mãos, com uma confiança comovente, como se fôssemos magos poderosos, fadas madrinhas generosas a conceder tronos suntuosos, príncipes encantados, poderes ocultos que os farão daí por diante amados, ricos, sábios e felizes.
Mesmo sem o querermos, isso vai adulando o nosso ego e nos faz sentir-nos seres superiores, donos de um conhecimento vedado à massa plebéia e sofredora. É bom lembrar a eles – e  a nós – que a Astrologia faz magia, e não mágica – sendo que magia é a conquista de si mesmo, empreendida arduamente por cada um, enquanto que mágica é apenas uma destreza manual para distrair convidados em festinhas de salão.
Por isso, todo cuidado é necessário conosco mesmos como meros intérpretes da linguagem dos astros – e não seus proprietários.

A apresentação pessoal
A indumentária do Astrólogo deve ser discreta e de bom gosto; seda, linho, algodão, lã de cores claras (com muito violeta) são recomendáveis; convém evitar trajes muito “típicos”: túnicas, káftans, kimonos, saias ciganas, etc. fazem-no correr o risco de estigmatizar-se e estereotipar-se. O mesmo pode ser dito a respeito de adereços, como jóias, bijuterias e perfumes. É bom lembrar que a entrevista não é uma cena de ópera e que o hábito não faz o monge.
Além disso, se quisermos ser coerentes conosco mesmos, temos que nos esforçar, em primeiro lugar, para vivenciar e empregar em nosso trabalho as melhores energias de cada um dos Astros do céu: a luz e o calor do Logos Solar que nasce para todos – justos e pecadores; a imaginação delicada e criativa da Mãe Lua; a habilidade lógica de Mercúrio; o senso estético de Vênus; o dinamismo de Marte; a esperança e a caridade de Júpiter; a responsabilidade e a seriedade de Saturno; a intuição e a capacidade de síntese de Urano; a empatia, a sensitividade e a inspiração de Netuno; e o poder de recuperação e renascimento de Plutão.
Também temos de expressar a conexão interna e a sabedoria dos doze arquétipos do Zodíaco: a energia  e a autoconfiança de Áries temperada pelo equilíbrio e a diplomacia librianos; a concentração taurina na realidade palpável junto com a percepção escorpiana dos tesouros intangíveis e recônditos; a flexibilidade de Gêmeos unida ao idealismo e à didática de Sagitário; a capacidade canceriana de nutrir emoções conciliada à racionalidade capricorniana do dever; o brilho e a competência organizacional de Leão sem rejeitar a visão anárquico-progressista e democrática de Aquária; o privilégio da dúvida presente em Virgem sem desprezar a imensa fé no ser humano tão comovente em Peixes.
É preciso não esquecer ainda que nós, Astrólogos, somos, antes de mais nada, Servidores. E o Serviço é um Ser-viço. E o Serviço é uma honra e um privilégio que o Céu nos concede e pelos quais devemos ser sempre gratos e dos quais ser sempre dignos. É uma Missão que aceitamos espontaneamente. O serviço é sempre humilde – no sentido de reconhecer que nunca sabemos tudo e que, sempre haja quem saiba menos, sempre haverá quem saiba mais; e que isso nos transforma no elo de uma imensa corrente cósmica; que os desígnios de Deus são insondáveis e que, portanto, nem tudo nos é revelado.

O ambiente de trabalho
Não é apenas a missão de Astrólogo que implica em uma postura que exige competência técnica e ética profissional, mas também atitudes interiores de meditação e reverência para com os símbolos sagrados, para com a Criatura e principalmente para com o Criador. O gabinete de cálculo e desenho de mapas astrológicos, bem como o consultório para interpretação, também exigem alguns cuidados que outras profissões não requerem.
A limpeza escrupulosa da sala, o silêncio, o recolhimento, o perfume do incenso, a vela amarela acesa todas as quartas-feiras, à hora do Mercúrio, a oração antes de penetrar no sacrossanto mistério de uma alma através do cálculo e do desenho astrológico são não somente aconselháveis, como até imprescindíveis para um bom trabalho.
Elas predispõem à concentração reverente que é preciso adotar quando se trata de lidar com a revelação astrológica. Como preparação para o trabalho, aconselho o emprego de Bênçãos diversas, conforme vem recomendado no livro “Ritual de Magia Divina”:
“As orações designadas para benzer ou abençoar as coisas destinadas ao nosso uso, têm grande valor, pois lhes dão um poder benéfico e útil para o fim que lhes destinamos. Os objetos, assim abençoados, constituem uma espécie de talismãs, impregnando-se de forças benéficas atraídas pela nossa prece. Eles se tornam, assim, transmissores de energia e saúde, produzindo resultados benéficos sobre ao que o recebem ou possuem. (...) À mesma teoria das bênçãos pertence ao sistema dos (...) primitivos magistas cristãos.”
Lápis, borrachas, fichas de cálculo, réguas, velas, incensos, etc. podem ser “preparados” através da seguinte fórmula empregada por aqueles magistas:
...(nome do objeto), eu te preparo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para que me sirvas... (designar a finalidade).
Essa singela bênção não apenas magnetiza nosso material de trabalho como também já eleva nosso espírito para a execução de nosso serviço.
Para elevar nossa mente á altura do trabalho que estamos prestes a realizar, sugiro a seguinte bênção antes de iniciá-lo:

O Pai que está em mim dirige-me neste trabalho que vou realizar
para que possa ser  proveitoso e feliz.
O poder de Deus se manifesta através de minha inteligência
e do meu corpo para a realização perfeita deste trabalho.
O amor, a onisciência e a onipotência de Deus
guiam-me para fazer só aquilo que é reto e proveitoso,
e afastam-me de tudo quanto me possa ser prejudicial.
Todos os meus atos são conformes com a vontade do Pai que está em mim
e exprimem a Infinita Sabedoria que habilita no meu coração.
Também o consultório precisa ser magnetizado para criar o clima que conectará não apenas a nossa mente, como também a do consultante, com o Macrossomo. No consultório, despedem-se as almas tímidas, expõem-se as feridas escondidas, descobrem-se os talentos ocultos, partejam-se os cristos-meninos. Quem conhece a técnica do Parto Leboyer – que recomenda meia-luz, silêncio, calma e delicadeza no momento do “nascer sorrindo”, pode compreender melhor o ambiente das entrevistas de aconselhamento astrológico.
O equilíbrio, o bom gosto e a harmonia venusianas são as mais recomendáveis. Há hoje em dia uma tendência de criar um cenário pesadamente “místico” que caricaturiza o gabinete, em vez de caracterizá-lo, e que precisa ser evitada: um excesso de véus, velas, imagens, gravuras, incensórios, cristais, cálices, espadas, plantas, símbolos cabalísticos, etc. é obsoleto e revela um discutível gosto suburbano – tanto quanto seria um astrólogo que se apresentasse com manto e turbante, ou capa e chapéu cônico.
Para magnetização do ambiente é suficiente que os quatro elementos estejam representados:
Fogo(ao sul) para o que é suficiente uma vela, de preferência violeta, magnetizada, quando acesa, com a bênção dos magistas cristãos, anteriormente mencionada; a vela deve ser despojada de sua embalagem de celofane e colocada numa cânula apropriada, sobre cuja superfície pode ser pintada a figura de uma salamandra, ou o símbolo do naipe de paus, ou o GLIFO alquímico do próprio elemento.
Terra(ao norte) um vegetal, de preferência com propriedades protetoras (espada de São Jorge, comigo-ninguém-pode, etc.), plantado num vaso de cerâmica (em cuja superfície pode ser pintado o símbolo do naipe de Ouros, ou o glifo alquímico do próprio elemento); ou cristais dispostos com bom gosto num recipiente delicado; ou um gnomo; ou um pedaço de madeira; ou um vaso com flores (de preferência rosas, sempre frescas, uma branca [paz, corpo espiritual], uma amarela [comunicação, corpo mental], e uma vermelha ou rosa [amor, corpo astral].). (Com bom gosto, pode-se combinar todos os elementos: uma tina de madeira contendo um vegetal plantado, com um pequeno gnomo e alguns cristais dispostos ao redor de seu caule. Dependendo do tamanho do ambiente, pode-se ter um gnomo daqueles de jardim, em cujo carrinho pode estar plantado o vegetal.)
Ar (a leste) uma vareta de incenso (colocada num incensário que pode ser a figura de uma fada ou um silfo, ou o símbolo do naipe de espadas, ou o símbolo alquímico do próprio elemento). Acesa instantes antes da entrevista, de aroma discreto e adequado ao fim a que se destina (o de rosas sempre harmoniza o ambiente), ou escolhido de acordo com o dia da semana e o Planeta que o rege, conforme o quadro abaixo:
Segunda-feira.........
¡
Dama da noite, jasmim; benjoim
Terça-feira............
¥
Canela, cravo, absinto
Quarta-feira ..........
£
Verbena, alfazema, estoraque
Quinta-feira ..........
¦
Violeta, mirra, aloé, cardamomo
Sexta-feira ............
¤
Rosa, camélia, amêndoas, hortelã
Sábado .................
§
Vétiver, âmbar cinzento, raízes
Domingo ...............
¢
Heliotrópio, açafrão, camomila, louro

Água – (a oeste) um cálice ou uma jarra de cristal (em cuja superfície pode ser pintada uma ondina, ou o símbolo do naipe de copas, ou o glifo alquímico do próprio elemento) com água pura, que deve ser trocada após cada entrevista.
Se pequeninos, tais objetos podem ser dispostos sobre um aparador ou uma mesinha que desempenhará o papel de altar. Sobre a mesa do astrólogo (de preferência com tampo circular) pode ser colocada a estatueta de algum dos deuses gregos alusivo a um dos Planetas; ou uma pirâmide, de preferência de cristal, uma vez que esta prescinde do cuidado de orientá-la para leste. È desaconselhável a presença de muitos objetos sobre a mesa, uma vez que esta deverá conter o aparelho de som para gravar a entrevista, caneta, bloco de anotações, agenda, etc., além do mapa que vai ser interpretado. Três cadeiras são suficientes: uma para o Astrólogo, e as demais para o cliente, no caso de vir ele acompanhado de outra pessoa.
As paredes, de cor clara (cuja  pintura deve ser freqüentemente refeita para limpeza física e astral), podem conter quadros com mandalas, efígie do Mestre em quem o Astrólogo se inspira, ou outro tipo de gravura condizente com o trabalho ali realizado (Tao-Tchi-Tu, Zodíaco, Árvore da Vida, Pentagrama, Eneagrama, Estrela de Davi, etc.) – sempre respeitando o equilíbrio, a harmonia, o bom gosto. Sobriedade é mais elegante e causa melhor impressão do que exagero e os adereços servem para compor o ambiente e fornecer o “clima” para a concentração necessária à entrevista, e não para dispensar a mente e despertar curiosidade ou desconfiança.
Se o Astrólogo possui muitos elementos místicos (quadros, imagens, estrelas, estampas, etc.), será necessário fazer uma triagem e selecionar apenas alguns que poderão, então, ser alternados de tempos em tempos.
A música ambiente, do tipo New Age (Nova Era), tocada em baixo volume, junto com o perfume do incenso e as cores do recinto (em tons pastel), acrescido à apresentação do profissional de Astrologia, no entanto, servirão apenas para envolver um trabalho cheio de respeito e reverência ao Macrossomo e para revelar o cuidado e o carinho que cada pessoa merece como representante das infinitas faces que O compõem.
Finalmente, é aconselhável que o Astrólogo mantenha um fichário atualizado de seus clientes, contendo nome e endereço completos, telefone, nomes de membros da família que já fizeram mapa astral, bem como registro de informações importantes, visando coletar material para estudo e acompanhamento de casos.
Todas essas recomendações, no entanto, não terão nenhum sentido se seguidas apenas como prescrições técnicas; é preciso lembrar que o Mapa Astral é composto de símbolos esotéricos, de grande poder mágico e alquímico, capaz de transmutar matéria grosseira em energia refinada. A entrevista ultrapassa de muito o simples encontro de profissional e cliente, pois ela contém em si a semente iniciática, que eleva a alma a dimensões mais sutis da realidade, em direção aos Anjos e aos Mestres Ascensionados.
Para encerrar, reproduzo aqui algumas palavras da Taróloga Mônica Giraldez a respeito da entrevista de Tarô que, no entanto, aplicam-se também a uma consulta astrológica:
“Mas para produzir ouro devemos ter ouro e, neste sentido, põe-se em jogo nossa ética pessoal. Somente se nós realizamos de maneira constante a transmutação de matéria grosseira até purificá-la em maior medida seremos capazes de realizar eficazmente nossa tarefa.” [1]




[1]“El Tarot en la Nueva Era”, Mónica Giráldez.
Signos Interceptados
Interceptar v.t. Interromper o que estava em curso; deter; obstar. (Minidicionário da Língua Portuguesa – Celso Pedro Luft, 1990).
    A
ssim como os Signos do Zodíaco são 12 divisões celestes, a Lei de Analogia leva-nos a dividir a Esfera Terrestre em 12 setores que são as Casas. Essas Casas, os setores terrestres, são consideradas como campo de ação dos Signos e dos Planetas.
Teoricamente, então, espera-se que haja uma correspondência entre as divisões celestes e terrestres. Porém, freqüentemente isso não acontece e surge um par de Signos interceptados. Diz-se que um Signo está interceptado quando está inteiramente contido dentro de uma Casa, mas não aparece em nenhuma das cúspides. Por exemplo: cúspide da Casa I a 28°^ e cúspide da Casa II a 05°`. Neste caso, o Signo de Touro está interceptado na Casa I, mas ele não aparece na cúspide, isto é, fica “embutido” dentro da Casa I. Como o Mapa Astral é simétrico, fato idêntico ocorre na Casa oposta, a VII: cúspide dessa Casa a 28°d e cúspide da Casa VIII a 05°f, com Escorpião interceptado na 7ª. Casa.
A interceptação é mais difícil de ser compreendida porque não é um fenômeno observável, como ocorre com os Planetas Retrógrados, pois se consegue notar quando eles andam – mesmo aparentemente – em marcha à ré.
Mas vejamos porque ocorrem Signos interceptados:
Em primeiro lugar, imagine uma esfera de cristal, onde estão dispostos os astros, com um eixo imaginário em seu centro. Essa esfera de cristal tem um Equador (Equador Celeste), que é envolvido pelo Zodíaco – uma faixa com 12 secções de 30°. Agora, imagine a Terra bem no centro dessa Esfera Celeste; porém, visualize-a com sua forma geóide (não perfeitamente esférica, mas levemente semelhante a um pião) com um eixo central, ao redor do qual realiza seu movimento de rotação, mas inclinado cerca de 23° em relação ao eixo da Esfera Celeste. Em decorrência desta situação, o Equador Terrestre também fica inclinado em relação ao Equador Celeste em 23°. E, finalmente, imagine a Terra girando sobre seu eixo, não de forma uniforme e homogênea, mas efetuando um tipo de “cabeceio” (movimento de nutação).
Visualize agora as pessoas distribuídas pelos 5 Continentes: aquelas residentes em regiões próximas ao Equador terão uma visão bem homogênea dos 12 setores de 30° que compõem a faixa zodiacal; mas, aquelas mais vizinhas aos Pólos, por uma simples questão de perspectiva, terão uma visão bem distorcida dos Signos. Devido ao “bamboleio” de nosso Planeta, mesmo na faixa ao redor do Equador (Zona Tórrida), em algumas horas do dia, a visão dos Signos também se modifica.
É isso que dá origem aos Signos Interceptados.
Exposto o ponto de vista técnico, passemos à sua interpretação. 


       O par de Signos interceptados

Como já vimos, pela Lei de Analogia, havendo 12 setores no céu, é preciso que haja 12 setores na Terra (“assim como é em cima, é embaixo”). Imagine-se no centro de seu Mapa Natal, com os 12 Signos do Zodíaco cercando-o. Encare cada cúspide como uma entrada de energia cósmica para uma determinada área de sua vida. Você capta essa energia, metaboliza-a e aplica-a na respectiva área. Por exemplo: se seu Mapa Natal apresenta Aquário na cúspide da Casa X, você recebe essa inflexão em si mesmo, elabora-a internamente e aplica-a em sua atividade profissional, de preferência numa carreira holística, tecnológica ou de comunicação massiva – ou seja: aquariana. Porém, quando um Signo está interceptado, não há entrada para a sua energia, você não consegue captá-la e empregá-la “aqui embaixo”. Sua manifestação concreta está bloqueada.
Na verdade, não há um consenso entre os astrólogos sobre o significado dos Signos Interceptados. Alguns afirmam que indicam dificuldades de expressar suas atitudes a nível físico. Outros defendem a idéia de que sua ocorrência não tem grande importância na vida da pessoa. E há os que acreditam que “os assuntos pertencentes aos Signos e Casas em questão recebem uma proeminência adicional, uma vez que parecem penetrar a maioria dos aspectos da vida” [1].
 A linha espiritualista, reencarnacionista ou cármica é que dá mais ênfase à sua ocorrência, afirmando que eles representam qualidades que o nativo deixou de desenvolver em várias encarnações passadas, e provocam a ocorrência de circunstâncias incontroláveis em sua atual encarnação. Essas circunstâncias, no entanto, não são óbvias, mas sim sutis, difusas, dando-lhe a sensação de que algo está faltando, sem saber definir exatamente o que é. E, por não terem sido competentemente desenvolvidos, os Signos interceptados tendem a revelar mais suas características negativas do que as positivas, pois o indivíduo as desprezou no passado [2]. Por isso, agora precisa empenhar-se em seu trabalho para expressar as respectivas qualidades.
É preciso que recordemos o que ensinava Mestra Emmy de Macheville: na verdade não temos 12 Signos, mas sim 6 eixos, cada um com duas polaridades. Encarando-se o caso dos interceptados por esse ângulo, na verdade é um eixo que tem sua energia bloqueada ou interrompida. Cada ponta do eixo situa-se num hemisfério (pessoal X circunstâncias, vida privada X vida pública), o que esclarece um pouco a questão cármica que eles representam, pois nosso carma não nos envolve exclusivamente como indivíduos, mas também como membros da coletividade humana. Assim, a negligência em realizar competentemente as qualidades do par interceptado afeta o “eu” e o “nós”.
É preciso dar muita atenção aos Planetas Regentes dos Signos Interceptados pois eles serão as chaves para abrir o bloqueio e a energia do Signo Interceptado pode “escorrer” para a área (Casa) em que se encontra o seu Regente. Também precisamos observar se há Planetas situados dentro dos Signos interceptados. Eles representarão forças adicionais para furar o bloqueio. Dizem alguns que, quando o Signo se desintercepta, sua energia não apenas flui, mas jorra abundantemente, pois eles funcionam como uma represa que vai armazenando energia até o momento do desbloqueio. Porém até o momento da desinterceptação, as energias simbolizadas por esses Planetas ficam como que “em suspenso”; neste Caso, é preciso levar-se cm conta que são atingidos também os assuntos relativos às Casas regidas por esses Planetas ocupantes interceptados. Se Mercúrio e/ou Vênus estiverem neste caso, pode haver duas ou até quatro Casas[3] comprometidas e com dificuldades de manifestação.
Para saber quando os Signos se desbloquearão (por progressões) aja do seguinte modo:
Ø tome a Tábua de Casas e procure a latitude correspondente ao local de nascimento do nativo com Signos interceptados em seu mapa;
Ø localize a hora sideral correspondente ao seu nascimento;
Ø procure a Casa com Signo interceptado e vá correndo os olhos até chegar ao momento em que não há mais interceptação; anote a respectiva hora sideral;
Ø sabendo-se que cada 4 minutos de hora sideral correspondem a 1 ano de vida, conte de 4 em 4 da hora sideral do nascimento até a hora sideral da desinterceptação e obterá a idade em que ocorrerá o desbloqueio dos Signos interceptados.

O par de Signos com duas cúspides
Quando ocorre um eixo interceptado, ocorre simultaneamente um outro com duas cúspides. A energia desses Signos é usada duplamente, a pessoa conhece bem aquela maneira de ser ou de agir e, em geral, funciona facilmente com a vibração desse Signo. Seus Regentes revelam talentos adquiridos em outras vidas e que agora podem ser empregados como uma forma de compensar o bloqueio trazido pelo par interceptado. Segundo Elman Bacher, “representam padrões de experiência através dos quais a pessoa implicada está compensando faltas do passado[4]. As Casas ocupadas por esses Planetas deverão ter atividade extra, pois eles poderão reger até 3 setores da vida (no caso de ser Gêmeos, Virgem, Touro ou Libra os que têm duas cúspides).
Alguns astrólogos consideram esta situação como indicadora de que as questões das Casas contíguas com o mesmo Signo em suas cúspides têm seus assuntos interligados. Por exemplo: num mapa natal em que as Casas II e III estejam localizadas no mesmo Signo, o nativo ganharia a vida (Casa II) por meio de viagens, comunicação ou publicações (Casa III).



[1] Alan Oken: “Horóscopo: sua viagem astrológica”, Ed. Nova Fronteira, p.163.
[2] Daniel Yott: “Signos interceptados e reencarnação”, Ed. Pensamento, p. 16.
[3] Serão as Casas com Gêmeos e Virgem nas cúspides no caso de Mercúrio interceptado e as Casas com Touro e Libra nas cúspides no caso de Vênus interceptada.
[4] Elman Bacher: “Estudios de Astrologia”, Ed. Kier, Tomo IV, p. 71.

sábado, 13 de julho de 2013

Vertex & Antivertex


Vertex é a palavra inglesa para o que, em português, chamamos Vértice.
Mas antes de explicar estes termos astrológicos, vamos relembrar alguns conceitos geométricos.
Comecemos pela definição do termo vértice, do ponto de vista da geometria e, para isso, partamos da definição de “ângulo”: Ângulo é a reunião de dois segmentos de reta orientados a partir de um ponto comum:
A intersecção entre os dois segmentos é denominada vértice do ângulo:
Segundo a “Enciclopédia de Astrologia”, de James R. Lewis, Ed. Makron, em astrologia, o Vertex “é o ponto num horóscopo onde o primeiro vertical corta a eclíptica no oeste.” Primeiro vertical, por sua vez, segundo a mesma fonte, “é o grande círculo que intersecciona o ponto leste, oeste, o nadir e o zênite em qualquer ponto sobre a Terra” e “é perpendicular ao meridiano e ao horizonte”. O Vertex recai sempre no Hemisfério Ocidental do mapa (à esquerda o eixo MC-FC).
Oposto ao Vertex, temos o Antivertex que é o ponto correspondente no Hemisfério Oriental do Mapa (à esquerda do eixo MC-FC).
O Vertex é uma descoberta do astrólogo americano Lorne Edward Johndro[1]. Segundo ele, todo corpo na Terra tem um componente magnético e outro eletrostático. Devido a isso, o mapa natal teria um ascendente magnético (o tradicional) e outro, elétrico, que ele chamou de Vertex. Ainda segundo ele, isso explicaria a dupla natureza dos seres humanos.
Essa teoria foi elaborada e desenvolvida posteriormente por outro eminente astrólogo, Charles Jayne[2].
A teoria é a seguinte: ao se posicionar para agir no mundo, através da razão e da vontade, o indivíduo estaria empregando os potenciais de seu Ascendente tradicional (magnético). Mas, ao agir involuntária ou compulsivamente, independentemente de sua vontade e razão, ele estaria usando o Vertex (elétrico); este atrai experiências para a vida da pessoa, levando-a a agir involuntariamente. O astrólogo italiano Renzo Baldini[3], que o emprega habitualmente em suas interpretações, entende que o Vertex é “a identidade da nossa alma” e acredita que distúrbios de conduta e até psicopatologias estejam ligados a ele.
Vejamos agora, o procedimento para calcular o Vertex:
Subraia a latitude do local de nascimento de 90° para obter a co-latitude. Use o FC como se fosse o MC. Procure aquele grau na sua Tábua de Casas e procure a co-latitude que você acabou de calcular. O que estiver relacionado ali como Ascendente torna-se o Ponto Vertex. O ponto oposto (a 180°) é o Antivertex.
1. – Tome a latitude do local do nascimento da pessoa e subtraia de 90º. Você obterá, então, uma co-latitude.
2. – Tome o FC do mapa e, na Tábua de Casas, localize a co-latitude e, ali, procure o grau do FC na coluna do MC.
3. – Siga na mesma linha, para a esquerda, até chegar à posição do Asc ali mostrada: esse será o Ponto Vertex.
4. – O Antivertex estará localizado exatamente a 180º do Vertex.
5. – Se não dispuser de uma Tábua de Casas, recalcule o mapa para a co-latitude encontrada. O Ascendente que então ali aparecer, será o Vertex.

Significado
Além de representar a atuação involuntária e inconsciente do indivíduo, para Charles Jayne este seria o ponto mais factual. Por estar ligado a “encontros do destino”, seu estudo é muito importante em sinastrias.
Estando sempre posicionado no Hemisfério Ocidental[4], tem uma conotação com a Casa VII e sua atuação estaria ligada aos encontros, relacionamentos e associações com outras pessoas. De modo análogo, o Antivertex, estando sempre localizado no Hemisfério Oriental, tem conotação com a Casa I. O supracitado Renzo Baldini afirma que o Vertex é o Ascendente do nosso Fundo do Céu, daí ser inconsciente e revelar a identidade da nossa alma. Esse fato explicaria porque se toma o FC como MC quando se vai calcular a posição do Vertex.
O significado dos pontos e da divisão hemisférica produzida por seu eixo ainda não foi totalmente estabelecida. Robert Hand, por exemplo, deteve-se no estudo desse eixo, mas declarou não ter uma idéia bem clara sobre a utilidade de seu emprego. Acredita-se, no entanto, que o Vertex indica eventos cármicos que têm papel importante na vida do indivíduo (daí sua inclusão no presente curso).
Os eventos do Vertex não são fatídicos no sentido do que deve ocorrer, mas sim relacionados a Causa e Efeito.
Ex.: Uma pessoa, através de suas ações (Antivertex) pode desencadear reações em cadeia, que conduzem a um resultado específicos (Vertex).
O Antivertex indica a ação que dá início às reações, e o Vertex o ponto de resultado. Porém, se a ação for alterada ao longo do processo, o resultado final será alterado de acordo.
O Vertex também é conhecido como fator de realização de desejos, mas estes podem ser realizados de modo um tanto perverso. Ex.: se o Vertex ativa a Casa VIII (Seguros e Legados), o desejo de dinheiro pode ser realizado através do recebimento de seguros derivados da destruição de bens; ou através de heranças – resultado de uma morte. De qualquer modo, sofrimento, tragédia e/ou sacrifício, foram o preço da realização desse desejo.
Sendo o Ascendente oculto, aspectos a ele dão pistas sobre o ser, geram e mantêm relacionamentos. Aspectos difíceis indicam problemas para expressar todas as facetas da personalidade, ou para superar modos conflitantes de expressão.
O Vertex dá lições e relacionamentos cármicos que tiveram efeito, e gravaram-se no Eu Interior.

Vertex nos Signos
O Signo do Vertex vai revelar como acontecem os relacionamentos; qual o seu destino; como se dá o contato de opostos; como se dá o amor e o ódio numa relação; como se dá o relacionamento para aprendizado; qual a possibilidade de paixão à primeira vista; como se dão os encontros do destino; como é o ascendente da nossa personalidade inconsciente e a identidade da nossa alma; como e se poderá haver uma desordem de conduta ou uma psicopatologia; como a pessoa vai se comportar involuntariamente.
^
Envolvimento repentino e inconsciente com algum estranho, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, o nativo projeta-se a partir de suas idéias, coragem, força, determinação e independência. Possibilidade de problemas mentais provenientes de problemas consigo mesmo, com a própria identidade. Comportamentos involuntários em diversos momentos da vida. Dificuldades com sua força de vontade.
_
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém que proporcione recursos, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua paciência, tenacidade, capacidade de “fazer dinheiro” e algum dom artístico. Possibilidade de problemas mentais devido a dificuldades com dinheiro. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a dinheiro. Dificuldades com sua teimosia.
`
Envolvimento repentino e inconsciente com algum irmão, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua inteligência, versatilidade, capacidade de adaptação e idéias. Possibilidade de problemas com irmãos, vizinhos ou parentes próximos. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a mente. Dificuldades com sua instabilidade mental e com mentiras.
a
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém da família, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos, ou com parceiros amorosos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de seus familiares, sua segurança, senso de proteção. Possibilidade de problemas mentais devido a dificuldades com a família. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos aos familiares. Dificuldades com a falsidade e mania de se meter (e julgar) as pessoas da família e também com a preguiça.
b
Envolvimento repentino e inconsciente com algum dos filhos, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua generosidade, seu poder de comando e sua dramaticidade. Possibilidade de problemas mentais advindos do ego, ou dos problemas com filho(s). Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a filhos, criatividade e prazeres pessoais. Dificuldades com seu orgulho ou com seu jeito de se achar “o melhor”.

c
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém que conviva com a pessoa no lar ou no local de trabalho, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua capacidade de análise crítica, organização, prudência e método. Possibilidade de problemas mentais devido a dificuldades com subalternos ou com alguém que viva no lar. Comportamentos involuntários em diversos assuntos ligados ao quotidiano. Dificuldades com suas críticas e com mentiras.
d
Envolvimento repentino e inconsciente com algum associado ou parceiro, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua harmonia, equilíbrio, discurso e elegância. Possibilidade de problemas mentais devido a dificuldades com a estética. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relacionados com os outros em geral. Dificuldades com seu senso de justiça e com falsidade.
e
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém que proporcione recursos ou com um parceiro, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua capacidade de ser verdadeira, profunda e misteriosa. Possibilidade de psicopatologias devido a problemas vinculados a traições. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a dinheiro alheio, parceiro(s) ou ocultismo. Dificuldades com a mania de, inconscientemente, “botar o dedo na ferida” alheia e ser radical, talvez até cruel.
f
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém que tenha uma filosofia de vida que lhe agrade, ou com algum colega de faculdade, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de seu “alto astral”, otimismo e honestidade. Possibilidade de psicopatologias devido a problemas filosóficos, religiosos ou políticos. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a maneiras de viver. Dificuldades com sua irresponsabilidade, bem como com sua lentidão ou com seu jeito alcoviteiro.
g
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém que auxilie a pessoa em sua carreira, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua responsabilidade, austeridade, planejamento e seriedade. Possibilidade de psicopatologias devido a problemas de status. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos ao pai ou à carreira. Dificuldades com seu materialismo, avareza, ou ainda com seu jeito de ficar mostrando tudo o que tem ou que conquistou, querendo aprovação.
h
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém que auxilie a pessoa em algum projeto, ou com um(a) amigo(a) talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua capacidade de ser renovadora, imprevisível e original. Possibilidade de psicopatologias devido a problemas com a sociedade; talvez não seja visto como gostaria. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a grupos, ou ainda a amizades. Dificuldades com seu jeito excêntrico, caráter rebelde, ou ainda com sua noção de liberdade que beira a permissividade; também com as mentiras.
i
Envolvimento repentino e inconsciente com alguém carente a quem a pessoa ajudou, talvez por destino, mas com grande dose de aprendizagem; muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa projeta-se a partir de sua sensibilidade, idealismo e jeito romântico. Possibilidade de psicopatologias devido a problemas de osmose, onde a pessoa se vê com o problema do outro. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos a instituições, aos desvalidos, ou ainda aos sonhos. Dificuldades com seu jeito masoquista sempre se fazendo de vítima, com mentiras e com possível tendência à ira.


Vertex nas Casas
A Casa sobre a qual recai o Vertex vai nos fornecer as seguintes informações: onde ocorrem os relacionamentos; onde se decide o destino de um relacionamento; onde se dá o contato de opostos; onde há possibilidade de paixão à primeira vista; onde se dão os encontros do destino; onde é o ascendente da nossa personalidade e a identidade de nossa alma; onde e se poderá haver uma desordem de conduta ou uma psicopatologia; onde a pessoa vai se comportar involuntariamente.
IV
A pessoa pode envolver-se inconscientemente com alguém da família, talvez por destino, mas terá muitas chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre a pessoa e seus familiares. A pessoa projeta-se inconscientemente a partir de sua família. Poderá apresentar psicopatias oriundos de problemas de família. A pessoa se comportará involuntariamente dentro da família.
V
A pessoa pode envolver-se inconscientemente com algum dos filhos, talvez por destino, mas terá muitas chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre a pessoa e seus filhos. A pessoa projeta-se inconscientemente a partir de seus filhos. Poderá apresentar psicopatias oriundas de problemas com os filhos. A pessoa se comportará involuntariamente com eles.
VI
A pessoa pode envolver-se inconscientemente com algum trabalho ou com alguém vinculado ao seu trabalho, talvez por destino; mas terá muitas chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre a pessoa e seus superiores ou subalternos. A pessoa projeta-se inconscientemente a partir de seus colegas de trabalho. Poderá apresentar psicopatias oriundas de problemas com a profissão. A pessoa se comportará involuntariamente no ambiente de trabalho.
VII
A pessoa pode envolver-se inconscientemente com algum cunhado, talvez por destino; mas terá muitas chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre a pessoa e seu parceiro(a). A pessoa projeta-se inconscientemente a partir de seu cônjuge. Poderá apresentar psicopatias oriundas de problemas conjugais ou com sócios. A pessoa se comportará involuntariamente com os outros, o cônjuge ou sócio.
VIII
A pessoa pode envolver-se inconscientemente com seu cônjuge, talvez por destino; mas terá muitas chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. A pessoa projeta-se inconscientemente a partir do parceiro. Poderá apresentar psicopatias oriundas de problemas com o parceiro (talvez traição). A pessoa se comportará involuntariamente no relacionamento. Tendência involuntária de assumir e/ou administrar recursos alheios.
IX
A pessoa pode envolver-se inconscientemente com algum estrangeiro ou colega de faculdade, talvez por destino; mas terá muitas chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. A pessoa projeta-se inconscientemente a partir dele ou de seu “ideal de ser”. Poderá apresentar psicopatias oriundas de problemas filosóficos ou com alguém do exterior, ou, ainda, com algum colega da faculdade. A pessoa se comportará involuntariamente com amigos feitos no estrangeiro ou na faculdade.

Os aspectos com o Vertex
Facilitadores: O Asc da personalidade inconsciente faz as projeções exatas; a identidade da alma é cristalina.
Tensos: A pessoa, de algum modo, é uma coisa mas mostra outra. A relação “Ser e Parecer” está distorcida.
Asc
Dificultador:
Muitas discussões e até agressões, envolvendo um estranho por quem o nativo se apaixonou. Será involuntariamente dependente. Haverá conflito interno, que stões filosóficas do tipo “quem sou eu?”, podendo vir a se tornar psicopatológico A capacidade de ação fica anulada, a pessoa fica destituída de força de vontade. Fim de vida com possível rejeição.
Facilitador:
Ligação inconsciente com algum estranho, talvez por destino, mas com grandes chances de aprendizagem. Haverá muitos conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa se projeta a partir de suas idéias, sua coragem, força, determinação e independência. Vai se comportar involuntariamente em diversos momentos de sua vida.
¬
Dificultador:
Poderá haver psicopatologias advindas de problemas com status ou ausência dele. Materialismo radical, insegurança e exibição. Fim de vida com possível solidão.
Facilitador:
Ligação inconsciente com alguém que auxilie a pessoa em sua carreira, talvez por destino, mas com grandes chances de aprendizagem. Haverá conflitos (amor e ódio) entre ambos. Inconscientemente, a pessoa se projeta a partir da responsabilidade, austeridade, planejamento e seriedade. Comportamentos involuntários em diversos assuntos relativos ao pai ou à carreira. Dificuldades com seu materialismo, avareza, ou ainda com seu jeito de ficar mostrando tudo o que tem ou que conquistou, querendo aprovação.
±
Dificultador:
A pessoa vai atrapalhar suas mudanças, talvez ajudando excessivamente os demais.
Facilitador:
Talvez a ferida da pessoa a leve ao autoaperfeiçoamento.
é
Dificultador:
Conflitos (amor e ódio) com as pessoas da Casa onde Lilith se encontra. Ego infantil exacerbado. Promiscuidade. O indivíduo inconscientemente não se liga à espiritualidade e involuntariamente vai se afastar dela. Ou apresenta infantilidade medíocre ou atrai pessoas com esta característica. Criação de carma,
Facilitador:
Ligação inconsciente com a sexualidade, e vai aprender muito com isso. Inconscientemente busca a espiritualidade. Energia sexual controlada. Projeta inconscientemente magnetismo e mediunidades poderosos.
°
(Roda)
Dificultador:
Tormentos com a velocidade do movimento cármico. O carma está ligado à relação de amor e ódio. Tendência a se sentir mal em algum ambiente. Inquietação.
Facilitador:
Ligação inconsciente com o carma. O movimento será leve, quase imperceptível, relacionado a uma relação de amor e ódio.
²
(Ceres)
Dificultador:
Não terá iniciativa necessária para a realização de projetos, por casa de algum estranho por quem a pessoa se apaixona e com quem tem uma relação de amor e ódio; de modo egocêntrico, muda de plano. Atordoamento de dependência inconsciente abala a saúde da pessoa, impedindo-a de trabalhar, inclusive em casa.
Facilitador:
Projeta com determinação inconscientemente sua vontade de auxiliar o próximo, talvez por destino, mas aprende muito com isso. Concentra-se inconscientemente no trabalho.




³
(Pallas)
Dificultador:
Inconscientemente, o nativo projeta leviandade, omissão e talento para a criatividade. Finge um grau de integração, identificação e participação nos pequenos núcleos sociais que a cercam. Torna-se descontrolado, injusto e falso. Desequilíbrio inconsciente entre atividade, razão e emoção. Relacionamentos instintivos. Tendência a vícios em geral. Psicopatologias mentais.
Facilitador:
Tendência a não ter vícios. Inconscientemente, o indivíduo poderá formar pequenos grupos. talento para resolver pequenos incômodos da vida quotidiana. Demonstra virtudes – principalmente equilíbrio, pois pesa, mede e pondera tudo. Projeta virtudes inconscientes. Ligações inconscientes com os relacionamentos em geral. Projeta talento para artesanato ou invenções que facilitam a vida quotidiana. Tendência a equilibrar sua vontade com a alheia, sem competição. Sabe aliar sabedoria com a prática da vida. Coloca relações e casamento, cada um seu devido lugar. Capacidade de tomar decisões justas. Compromete-se inconscientemente com as pessoas que ama e com seus objetivos.
´
(Juno)
Dificultador:
Várias uniões inconscientes na tentativa de acertar. Temperamento inconsciente competitivo radical, possessivo, ciumento e vingativo. Defende causas nem sempre justas. Inconscientemente egoísta. Faz qualquer coisa para adquirir bens. Para os homens, esposa inconscientemente alheia ao marido. Para mulheres, filhos inconscientemente desligados.
Facilitador:
Casamento por impulso. Inconscientemente terá um caráter competitivo. Possessividade e ciúme controlado inconscientemente. Controle inconsciente da vingança. Involuntariamente defende causas justas. Compromisso com as pessoas em geral. Homens: projeta a esposa inconscientemente. Mulheres: filhos receptivos.
µ
(Vesta)
Dificultador:
A maneira inconsciente de se projetar vai incomodar a família. Excessivo autocontrole nos trabalhos iniciados e em sua projeção marcará sua maturidade. Agressividade inconsciente  com a família.
Facilitador:
A pessoa inconscientemente projeta compaixão e hospitalidade no auxílio ao próximo, principalmente na visão dos filhos. Concentra-se física e emocionalmente nas obrigações. Autodisciplina em todo trabalho marcará sua maturidade.
«
Dificultador:
Dificuldade para desenvolver faculdades que desencadeiem o seu desenvolvimento. Ocorrência de situações inevitáveis que atordoarão a pessoa.
Facilitador:
A pessoa projeta inconscientemente seu projeto de vida. Sente-se muito bem cada vez que se aproxima desse propósito.
Á
Dificultador:
Modelos arraigados do passado dificultam seu futuro. Acomoda-se em seu passado de forma que não se permite ficar vulnerável.
Facilitador:
Pensamentos, idéias, hábitos, eventos e atitudes do passado podem beneficiar a pessoa no futuro. Inconscientemente conhece seu ponto vulnerável.
¿
Dificultador:
Inconscientemente, a pessoa se atrapalha com suas mudanças, por preguiça ou por falta de condições.
Facilitador:
Inconscientemente, pode proceder a uma reforma dentária ou a uma plástica estética, por exemplo.





[1] Nascido em Quebec, a 30 de janeiro de 1882 e falecido a 11 de novembro de 1951, em San Diego, Califórnia. Era formado em Engenharia Elétrica e Rádio.
[2] Nascido em Jenkintown, Pensilvânia, a 9 de outubro de 1911.
[3] Só consegui descobrir que é aquariano, com ascendente sagitário.
[4] O mais freqüente é o Vertex recair sobre as Casas V, VI, VII ou VIII e raramente sobre a IV ou a IX.