terça-feira, 13 de novembro de 2012

O QUE É UM ECLIPSE E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?


Um eclipse é um fenômeno celeste que caracteriza o ocultamento do Sol ou da Lua. Podem existir eclipses lunares e solares. Normalmente acontecem, em média, 5 ou 6 eclipses por ano. Existem eclipses mais ou menos “importantes”, tanto do ponto de vista simbólico (astrológico) quanto astronômico. O eclipse solar de agosto de 1999, por exemplo, foi considerado muito importante, em ambos os aspectos. Os eclipses do ano de 2000 já são de menor impacto físico e simbólico.
Há milênios os eclipses são considerados mensageiros de mudanças, crises e calamidades. Eram temidos e rituais eram realizados para exorcizar seus “efeitos” maléficos. Os caldeus descobriram um método de cálculo de eclipses futuros que funciona muito bem até hoje. Dividiam os eclipses por séries, denominadas Séries Saros, sendo que cada uma detinha um simbolismo especial e um certo tempo de duração.
Os eclipses podem ser parciais, totais ou anulares, dependendo do grau de obscurecimento do astro em questão. Em 1999, o eclipse solar visto pelos europeus foi total, já que o Sol ficou coberto por 3 horas em ampla faixa visível na Europa. Na observação de um eclipse, também é importante verificar se ele acontecerá próximo do nodo sul ou norte do ponto matemático denominado Cabeça e Cauda do Dragão.
Hoje em dia, os astrólogos observam principalmente se um eclipse irá ativar esta ou aquela área da carta astrológica de um país ou chefe de governo, para avaliar possíveis eventos críticos naquele período. Do ponto de vista individual, os eclipses anunciam mudanças e crises nos setores em que existem soluções precárias. Assim, nas vésperas de um eclipse, cerca de uma semana antes, ocorrem eventos que um astrólogo experiente sabe distinguir se têm ou não relação simbólica com os fatos vividos pela pessoa.
Os eclipses lunares sugerem alterações necessárias na área de condicionamentos, hábitos e se relacionam com a dimensão familiar e emocional. Os eclipses solares sugerem eventos transformadores para quem detém o comando e o poder de uma empresa ou governo, identificando ações que devem ser realizadas para iniciar novos ciclos de atividade. Os eclipses lunares se reportam a assuntos do passado, enquanto os solares aos temas do futuro. Os primeiros dizem respeito mais às mulheres e ao povo, enquanto os solares têm mais relação com os homens e com o poder constituído.
O simbolismo de um eclipse depende do lugar em que ocorrer na carta (as casas angulares são sempre mais importantes), além da conjunção com estrelas consideradas fortes e a proximidade com outros planetas. O tempo de duração desse simbolismo varia de um eclipse para outro e de um tipo para outro. Assim, um eclipse solar em signos fixos, como Leão ou Aquário, tende a durar mais tempo, em termos de suas “conseqüências simbólicas”, do que em signos cardinais, como Libra ou Câncer. Um eclipse lunar tem uma validade simbólica de tempo em meses igual aos minutos em que durar. Nos eclipses solares, a correspondência é entre horas e anos.
Vejamos o que nos informam Chevalier e Gheerbrandt em seu “Dicionário de Símbolos”:
O eclipse na qualidade de fenômeno que marca uma desaparição, um ocultamento acidental da luz, é quase universalmente considerado como um ocorrência dramática. É um sinal de mau agouro, que anuncia acontecimentos funestos: este é o caso no antigo Egito, como também nos países árabes, embora uma crença semelhante pareça dificilmente compatível com os ensinamentos do Profeta; mesmo caso na China... Somente os cambojanos, ao que parece, interpretam o eclipse num sentido favorável ou desfavorável, conforme o modo como se produz. Existem prescrições canônicas no Islã, e há cerimônias búdicas, por ocasião dos eclipses. Eles são com freqüência relacionados à morte, significam a morte do astro. Acredita-se que o astro seja devorado por um monstro (o Rahu hindu, que é também Kala, o glutão). Em chinês a palavra eclipse e a palavra comer exprimem-se pelo ideograma: a Lua é comida por um sapo.
Entretanto, e sempre no caso dos antigos chineses, esse desregramento cósmico encontra sua origem num desregramento microcósmico, a saber: o dos imperadores ou de suas mulheres. É uma dominação do yang (macho, luz) pelo yin (fêmea, obscuridade). Convém (e este é também um ponto de vista amplamente aceito) socorrer o astro em perigo ou extraviado: restabelece-se a ordem cósmica através do estabelecimento da ordem terrestre. Por exemplo: pondo-se vassalos numa formação quadrada a atirar flechas para o céu, seja contra o monstro devorador, ou seja como oblação (oferenda aos deuses); ou ainda contra a Lua (yin) que está eclipsando o Sol (yang).
De um modo geral, o eclipse apresenta-se como o anunciador de desregramentos cataclísmicos no final de um ciclo, que exige intervenção ou reparação, com vistas a preparar a vinda de um ciclo novo; isso seria a liberação do astro engolido pelo monstro
No antigo Peru, havia quatro explicações para os eclipses considerados, sem exceção, como um fenômeno de mau agouro (um eclipse solar estaria incluído entre os sinais que anunciaram a chegada dos espanhóis e o desmoronamento do Império dos Incas);
a)      segundo a mais antiga das crenças, um monstro (jaguar ou serpente) devora o astro;
b)      b) o astro está enfermo e morre;
c)      o Sol esconde-se, por estar encolerizado contra os homens;
d) a teogamia Sol-Lua realiza-se. Os dois astros se unem, tendo a Lua seduzido e dominado o Sol. Situação correspondente à observada na tradição chinesa: o yin sobrepõe-se ao yang.
Por seu turno, a Enciclopédia de Astrologia, de James Lewis, nos informa no verbete “Eclipse”, entre outras coisas:
Tradicionalmente, a influência dos eclipses totais ou parciais é vista como negativa, pressagiando fome, guerra, etc. Da mesma forma, com relação a mapas natais, a interpretação tradicional é de quem um eclipse exerce uma influência maléfica, particularmente se incide num planeta natal ou ângulo, ou se está próximo de um deles (variação de 5°). Os astrólogos contemporâneos tendem a considerar que os eclipses indicam ênfase ou crise nos assuntos relacionados à casa na qual ocorrem. Por exemplo: se um eclipse ocorrer na 2ª Casa de uma pessoa, esta pode ser compelida a cuidar de questões financeiras. Se ocorrer próximo a um planeta natal (variação de 5°) ou diretamente oposto a ele, a crise será importante e colorida pela natureza do planeta(s) envolvido(s).

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